Antigüidade – Gregos e RomanosAristóteles: “A linguagem é que dá ao indivíduo a condição de humano” Portanto, se não falam, os surdos não são considerados humanos.
Romanos: Os surdos não tem direitos legais. Até sec. XII, não podiam se casar.
Gregos (Esparta)
“A infortunada criança era prontamente asfixiada ou tinha sua garganta cortada ou era lançada de um precipício para dentro das ondas. Era uma traição poupar uma criatura de quem a nação nada poderia esperar”. (Lane e Philip,”The deaf experience”, 1984, p. 165)
Idade Média
A igreja católica acreditava que as almas dos surdos não poderiam ser consideradas imortais , porque eles não podiam falar os sacramentos.
Idade ModernaBartolo Della Marca D’Ancona Escritor do séc. XIV – primeira alusão à possibilidade do Surdo aprender através da língua de sinais ou língua oral. Girolamo Cardamo Declara que os Surdos podiam e deviam receber instrução. Seu primeiro filho era Surdo.
Pedro Ponce de Léon (1520 – 1584)Primeiro professor de surdos da história (filhos de nobres) Monge beneditino (Espanha) Ensinava o surdo a falar para que pudesse ser reconhecido em seus direitos legais
Juan Pablo de Bonet (1579 – 1629)Filólogo e soldado do rei Usava técnicas de León, pois trabalhou com surdos da família Velasco, na qual outros componentes já haviam sido alunos de Léon. Escreveu sua técnica em um livro em 1620: a fala era ensinada através da manipulação dos O.F.A. e o alfabeto digital era usado para ensinar a ler.
Jacob Rodrigues Pereire (1715 – 1780)Tinha fluência na Língua de Sinais, mas defendia a oralização dos surdos. Usava um alfabeto digital especial em que cada formato da mão designava a posição e o movimento dos O.F.A. Nos últimos anos converteu-se do judaísmo ao cristianismo e deixou de tentar transformar surdos sinalizadores em falantes.
Johann Conrad Amman Médico suiço, principal defensor do movimento oralista alemão “... a humanidade residia na possibilidade de fala do indivíduo.”
John Wallis Autor do primeiro livro em inglês sobre a educação de surdos (1698). Fundador do oralismo na Inglaterra.
Thomas Braidwood Considerava a fala a chave da razão. Fundou a primeira escola para a correção da fala na Europa. Guardava segredo do seu método, mantendo o monopólio e maior renda familiar. Percebeu que o ensino da fala era inútil e diminuiu a carga horária do ensino oral nas suas escolas.
Abade L’Epée (1712 – 1789)L´Epée sabia que a linguagem de sinais era eficiente para a catequese e poderia ser também para a educação. Supôs que, na ausência da audição, o surdo poderia ter na escrita sua principal forma de aprendizagem. Para o ensino da escrita francesa – inventou sinais para marcar aspectos gramaticais presentes no francês – inventou os Sinais Metódicos. Para ele, através dos sinais e da escrita/leitura os surdos poderiam ter acesso não apenas à escolaridade básica, mas à literatura e outras formas de expressão cultural.
Instituto Nacional de Surdos de ParisFerdinand Berthier (1803 – ?) Foi o aluno mais brilhante do Instituto de Surdos de Paris. Foi professor neste instituto e uma figura importante na comunidade literária. Veio para os EUA em 1816, para trabalhar na educação de surdos Escreveu vários livros, entre eles a biografia de L’Epée.
“Tudo o que eu posso dizer sobre a linguagem de sinais é que, ainda hoje, poucas das pessoas que falam têm uma precisa idéia do que consistem esta linguagem e sua genialidade. Ela tem tudo o que é necessário para representar todas as idéias que povoam a mente e todos os sentimentos que provocam o coração.” (Berthier, 1849 in Lane, 1984)
Idade Contemporânea
Jean Marc Itard (1774 – 1838)
Médico e cirurgião, trabalhou no Instituto Nacional de Surdos de Paris Realizou procedimentos para erradicar a surdez: Aplicar cargas elétricas nos ouvidos, usar sanguessugas, perfurar o tímpano, colocar cateteres nos ouvidos
“A surdez é uma doença: você não a escolheria, apesar de poder se conformar com ela”
Alexander Graham Bell (Alemanha 1847 – Canadá 1922)
Se nós tivéssemos a condição mental dos surdos como objetivo principal de sua educação, sem referência à linguagem, nenhuma linguagem tem um alcance tão grande sobres suas mentes do que a linguagem de sinais (...) Mas isto não é possível, pois o principal objeto da educação dos surdos é ajustá-los para viver no mundo de pessoas ouvintes e falantes. “Nós mesmos devemos tentar esquecer que eles são surdos. Nós devemos ensiná-los a esquecer que eles são surdos” (Bell – em Lane, p. 365)
Edward Miner Gallaudet (1837 -1917)
Defendia o uso combinado da linguagem de sinais com a fala. Interessava-se, sobretudo, pelo ensino universitário de estudantes surdos. Acreditava que a oralização não tinha os mesmos resultados entre os surdos – alguns obtinham sucesso e outros não. Portanto: a oralização deveria ser mantida para os casos em que os sujeitos demonstrassem boa resposta, para os outros a educação deveria ser feita em sinais.
Saiba mais:
http://www.webartigos.com/articles/3639/1/Historico-Da-Educacao-Dos-Surdos/pagina1.html
http://www.ines.gov.br/ines_livros/31/31_PRINCIPAL.HTM